segunda-feira, 8 de março de 2010

O Herói dos dois mundos


Capítulo 1- O nascimento do E.T.

Era uma vez, num planeta muito distante de nós, lá muito em cima, viviam muitos E.T's, de entre os quais se destacava a família Astras uma família com duas filhas, em que o pai era o Presidente da Câmara e que tinha um "hobie" que era tratar de dentes, ser dentista. Como ele era Presidente todas as coisas que aconteciam em casa eram ditas e dilatadas no jornal, Notícias Esponjosas. A sua mãe estava grávida. O E.T. estava prestes a nascer. A sua casa situava-se na grande cidade Esponjomania, uma cidade em que todos os prédios eram esponjosos, grandes e fedorentos. Em casa do E.T. estavam todos muito entusiasmados mas ao mesmo tempo preocupados por não se decidirem com o nome.
-O nome do nosso filho tem de ter a ver com dentes.
Eu, Miclina, sou limpadora de cáries, e tu, Baku, és dentista, portanto, não há que duvidar.
Miclina era a mãe, e Baku era o pai. Eram os dois especialistas em dentes.
As irmãs, Noka e Stellow eram estudantes. Mas, com o passar do tempo, ainda não tinham decidido, o nome para a criança que aí viria.
Durante a hora do jantar, ao comerem carne com molho de esponja verde, a Miclina dá um berro:
- Oh Baku, ficou-me um bocado de carne enfiado nos dentes e eu não quero ter cáries, os meus dentes são pérolas preciosas, não se podem estragar, são tipo como esponjas....tu percebes Baku, são os meus dentes....ajuda-me!!! Vai buscar uma pinça!!! Ráaaapido!
- Mas onde é que está a pinça, mulher?!
- Oh pai eu tive de levar para casa de um amigo para fazer uma experiência de ciências.- diz a Noka.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ulisses e a viagem para o inferno





Como tinha prometido a Circe, Ulisses começou por se dirigir à Ilha dos Infernos. Os marinheiros tremiam de medo. Ele pediu-lhes que desembarcassem ali e se afastassem. E quando quisesse de novo embarcar, lhes acenaria.
Assim desembarcou Ulisses naquela ilha.
Na sua frente vê a entrada de uma gruta. Olha o cão enorme de três cabeças que guarda a entrada dessa gruta, a entrada dos próprios Infernos. É Cérbero, o feroz. Ele conhece um segredo: «Se o cão estiver com os olhos abertos, podes entrar, porque está a dormir; mas se estiver com os olhos fechados, não entres, porque está acordado!»
Ele olha e repara que o cão tem os olhos fechados. Espera um bocado, e a pouco e pouco os olhos do cão abrem-se. Então Ulisses entra no reino dos Infernos. Ulisses entra pela gruta dentro e vê as sombras dos mortos. Ulisses sabe que só comunicará com aquelas com quem ele quiser comunicar, se lhes oferecer carne de uma ovelha negra que leva ali com ele. De repente vê a sombra da sua mãe, que ele imaginavam ainda viva.
- Minha mãe!
A sombra passou por entre ele sem o ver. Ulisses ofereceu-lhe a carne da ovelha negra e a mãe por uns momentos falou com ele:
- Filho, tu aqui neste lugar? Porque estás aqui? Também já morreste?
- Não ainda não morri, mas tu...
- Foram os desgostos, a tua ausência enorme. E o teu pai está muito mal. Se não estas morto, corre para a tua pátria, não demores mais! Graves coisas se estão passando por lá...
- O que é? Conta-me.
- Todos te julgam morto. Ora segundo a lei de Ítaca, como sabes, a tua mulher tem de procurar novo marido, tem de voltar a casar...
- Penélope, casar??!!- gritou Ulisses.
- Ela não quer. O teu filho Telémaco, que está um belo jovem, revolve os mares para ver se te encontra.
- Ela já escolheu algum?
- Ela não escolheu nenhum, pois tem sempre a esperança de tu um dia voltares. E ela lembrou-se de lhes dizer que escolheria um de entre eles quando acabasse de tecer uma teia que está fazendo para servir de mortalha ao teu pai quando ele morrer.
-Mas então deve estar quase a terminá-la...
-Sabes, Ulisses? Ela é muito esperta, de dia trabalha, mas de noite desmancha tudo o que fez...
-Oh, mas isto não se aguenta muito tempo! Adeus, minha mãe.
E Ulisses despediu-se da mãe e prosseguiu viagem no reino dos Infernos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ulisses e a Circe




Ulisses agradeceu.
Avistou um magnífico palácio, estava Circe à porta, sorrindo. Quando o viu apaixonou-se por ele, mas como ele era um simples mortal, estava disposta a transformá-lo num animal.
Convidou-o para comer. Ela no fim da refeição foi buscar o licor e lho deu a beber, Ulisses bebeu--o de um só trago, e como graças à erva da vida não se esqueceu nem do própio nome, nem da sua família, quando Circe lhe tocou com a sua varinha ele não se transformou em animal nenhum!
Circe caiu de joelhos:
-Quem és tu, resistes aos meus feitiços? Deus? Homem? Deus não és, se és homem, só podes ser Ulisses...
-Sou mesmo Ulisses, quero os meus companheiros que transformaste em porcos!
-Em porcos?!!-mentiu Circe.-Anda e vê se então reconheces os teus companheiros.
Levou Ulisses pela mão às pocilgas. Ulisses olhou para os animais com raiva de não conseguir descobrir os seus amigos...
-Vês? Não são os teus companheiros! Porque não ficas aqui e casas comigo?-perguntou-lhe ela.
-Não quero ficar e não posso casar contigo pois tenho minha mulher Penélope, na Ítaca.
Circe não o deixou partir. Um dia disse-lhe:
-Vejo-te triste. Vou deixar-te partir. Vou restituir-te os teus marinheiros, que são realmente aqueles porcos que tu viste na minha pocilga, e ainda outros: todos os animais das minhas florestas, que são outros tantos marinheiros que encantei com o meu poder. Sou tua amiga e não posso continuar a ver a tua tristeza. Segue o teu caminho para Ítaca. Só te peço uma coisa: dirige-te primeiro à ilha dos Infernos, fala com o Profeta Tirésias. Ele sabe tudo o que se está a passar na tua terra, olha que graves coisas se estão passando lá. Prometes-me isto?
Ulisses prometeu. Os marinheiros voltaram à forma de homens.
Despediram-se de Circe e fizeram-se ao mar.
Circe ainda lhes deu outro conselho:quando chegassem ao mar das sereias, deviam parar de remar, e tapar bem os ouvidos com cera. E que não se esquecessem de o fazer.
Todos prometeram cumprir o que ela lhes recomendava.
Lá vão eles novamente entre onda e onda, entre azul e verde e de contente coração
Como tinha prometido a Circe, Ulisses começou por se dirigir à Ilha dos Infernos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ulisses na Eólia





-Uff!-disse Ulisses.-Que cansado que estou, de tantas emoções! Vou dormir um pouco.
Quando acordou, uma ilha se desenhava no horizonte e resolveram ir até lá.
Ao chegarem a terra, desembarcaram. Era a Eólia, onde foram muito bem recebidos por Eolo, o rei dos ventos. Este rei quis ajudar Ulisses a encontar o caminho para ítaca, e tentou também afastar dele e dos seus marinheiros os naufrágios e as temperaturas que tão cruéis são sempre para a gente do mar.
Ofereceu-lhe então um saco, e disse:
-Olha, Ulisses, aqui dentro fechei todos os ventos violentos do mundo, para que não te fassam partidas e não te causem trabalhos e desventuras! Mas aviso-te: que ninguém saiba o que este saco contém, e que ninguém o abra, se não nem tu calculas o que poderá acontecer!!!
Ulisses agradeceu-lhe imenso, chamou logo os marinheiros para com maior cuidado transportarem o saco cheio de ventos para o navio.
Os marinheiros estranharam o peso levíssimo do saco e perguntaram a Ulisses:
-O que é que vai aqui dentro?
Ulisses respondeu:
-Não vos posso dizer o que é, mas peço-vos o maior cuidado com ele, se não uma grande desgraça vos acontecerá!
Prosseguiram viagem. Mas a verdade é que todos ardiam de curiosidade.
Ulisses dormia sempre junto do saco. De dia, nunca se afastava dele. Que mistério seria aquele?
Era esta a pergunta que os marinheiros traziam nos lábios e no pensamento a todo o momento.
A curiosidade rebentava.
Um dia Ulisses estando a dormir, deixou escorregar a cabeça para fora do saco! Os marinheiros olharam uns para os outros radiantes, e exclamaram baixinho:
-É agora! Vamos espreitar um bocadinho! Abrimos só uma nesga e depois tornamos logo a fechar!
Não resistiram mais e...os ventos violentos, furiosos de se verem tanto tempo aprisionados dentro daquele saco, saltaram de lá cheios de raiva e força, revolveram os mares, agitaram as nuvens, rebentaram em trovões, espalharam a chuva, acenderam a terrivel tempestade e Ulisses acordou no meio da maior confusão de que jamais ouve memória!
Viu o saco aberto e vazio, os marinheiros atirados borda fora, gritanto, uns já nadando no mar, outros sem saber onde se agarrar, e compreendeu tudo. Abraçou-se a uma enorme viga e tanto ele como alguns dos seus companheiros se viram lançados novamente a terra, e com surpresa sua, de novo à terra da Eólia.
O rei Eolo furioso com a desobediência deles, não os quis receber, nem sequer ver.
O navio, com grandes estragos, era também atirado para as praias da Eólia. Eles arranjaram melhor que poderam e quando o temporal amainou fizeram-se de novo ao mar.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ulisses e o Polifemo




Mas voltemos a Ulisses e aos seus companheiros.
Lá dentro da gruta combinaram que ao começar a cair a noite se escapariam em direcção ao navio e fugiriam dali a sete pés, porque afinal aquela ilha também era habitada, e por um CICLOPE enorme que era mais forte do que todos, mais cruel do que todos, mais bravo do que todos e que era o terror!!!
Chamava-se Polifemo, tinha um mau génio horrível e zangava-se por tudo e por nada.
Então os ciclopes tinham-se reunido e dito ao Polifemo:
-Olha, o melhor é tu viveres sozinho. Nós levamos-te o rebanho para aquela ilha deserta de além, e tu vives lá. Assim foi. Já não havia desordens nem desgraças.
E assim viviam já há uns tempo perfeitamente em paz de ciclopes.
Ora foi este Polifemo que os nossos amigos foram encontrar ali.
Já era quase noite, e Ulisses e os seus companheiros resolveram abandonar a gruta e correr até ao navio.
Precisamente no momento em que começavam a sair, eis que começaram a entrar as ovelhas, as cabras, os carmeiros...e o Polifemo. Só tiveram tempo para se esconder atrás deste ou daquele pedregulho, dos muitos que havia espalhados por ali.
Calculem onde eles tinham ido parar: à própia caverna onde morava o ciclope!
Quando o Polifemo entrou, trazia um veado morto às costas, que ele tinha apanhado para a sua ceia. Nem reparou nos homens. Foi ordenhar as ovelhas e as cabras, guardou o leite em grandes vasilhas, e depois foi acender uma fogueira no meio da gruta, e nela pôs o veado a assar. Depois, cansado sentou-se ali no chão.
De repente, o que viu ele? Sombras de homens dançando na parede mesmo na sua frente, sombras de homens que se escondiam entre a fogueira e a parede...
De um salto e começou a gritar:
-HOMENS...HOMENS...HOMENS...
Pegou num grande pedregulho e com ele tapou a entrada da gruta. Depois começou a agarrar um homem, outro homem, e a engoli-los inteiros!
Os marinheiros começaram a gritar apavorados, e a correr doidamente pela gruta em todas as direcções, e mais facilmente ele os ia apanhando.
Ulisses tremia de medo e encolhia-se no seu esconderijo. O pânico tomava conta dos marinheiros e parecia não haver salvação para nenhum. Já uns nove homens tinham desaparecido nas goelas do monstro e já este começava a não querer agarrá-los...
Agora já muito empaturrado, só queria era dormir.
Dirigiu-se pesadamente para um canto da caverna e ali se sentou.





Ulisses, quando o viu mais calmo, saiu do seu esconderijo para lhe falar.
Ulisses- Não me comas, eu quero falar contigo.
Polifemo- O que é que tu queres pigmeu?
Ulisses- Bem, tu já comeste tanta carne humana, deves sentir sede...
Polifemo- Sede?! Tenho sede... Mas se julgasque vou buscar água para vocês se escaparem daqui, estás muito enganado!
Ulisses- Não é nada disso. É que eu tenho um vinho muito bom para ti, mas só to dou a beber se me deres um favor...
Polifemo- Vinho?! Que é isso?
Ulisses- É uma bebida agradável. Queres experimentar?
Polifemo- Quero. E que favor é que tu me vais pedir?
Ulisses- Quero que nos deixes sair daqui vivos.
Polifemo- Esse favor não te fasso eu. Mas prometo fazer um favor, digo-te qual é depois de provar o vinho. Dá-me esse vinho!JÁ...
Ulisses mandou que trouxessem o barril de vinho e o estendessem ao Ciclope, que o pôs á boca e bebeu tudo até á última gota!
Polifemo- Isto é muito bom. Foste simpático para mim, vou fazer-te o favor que prometi. Sabes qual é? tu vais ser o último que vou comer!
Ulisses- Então tu tencionas comer-nos a todos?
Começaram a gritar, a chorar, a pedir socorro aos seus deuses.
Ulisses, resolveu ver se conseguia ainda alguma coisa do ciclope, e começou a conversar de novo com ele. Perguntou-lhe porque razão se encontrava ele ali sozinho naquela ilha, e como se chamava. O gigante contou-lhe tudo e disse que se chamava Polifemo. E depois foi a vez de ele perguntar a Ulisses como é que ele se chamava. Ulisses nunca dizia quem era, nunca gostava de dizer o seu nome, e principalmente numa ocasião daquelas, em que com toda a razão se via perdido desgraçadamente... Que ao menos nunca ninguém soubesse o fim que Ulisses, tinha tido!
Tentou lembar-se de um nome qualquer para enganar o ciclope, um nome qualquer, um nome qualquer- mas a aflição era tão grande que não se lembrava de nenhum!
Polifemo começava a ficar furioso:
- Então não sabes como te chamas? Como te chamas???
Ulisses, só lhe soube responder:
- Como me chamo? Sei lá. Olha, chamo-me...Ninguém...
Polifemo- Ninguém?! Que diabo de nome te deram. Olha que ideia, Ninguém...
Adormeceu profundamente.

Ulisses e os companheiros reuniram-se e combinaram o que fazer. o pedregulho que tapava a entrada era mito pesado e não conseguiam movê-lo. Se matassem o gigante, acabariam por ficar ali fechados para sempre. Mas se conseguissem que fosse o próprio gigante a tirar o pedragulho...E como?
Acabaram de açar o viado e comeram-no, beberam o leite das ovelhas e das cabras e descansaram um pouco. Depois pegaram num tronco de árvore fina que ali encontraram e afiaram-no muito bem na ponta. Nas cinzas da fogueira tornaram essa ponta incandescente. E então, apontando a ponta ardente na direção do unico olho do gigante adormecido, exclamaram UM...