
-Uff!-disse Ulisses.-Que cansado que estou, de tantas emoções! Vou dormir um pouco.
Quando acordou, uma ilha se desenhava no horizonte e resolveram ir até lá.
Ao chegarem a terra, desembarcaram. Era a Eólia, onde foram muito bem recebidos por Eolo, o rei dos ventos. Este rei quis ajudar Ulisses a encontar o caminho para ítaca, e tentou também afastar dele e dos seus marinheiros os naufrágios e as temperaturas que tão cruéis são sempre para a gente do mar.
Ofereceu-lhe então um saco, e disse:
-Olha, Ulisses, aqui dentro fechei todos os ventos violentos do mundo, para que não te fassam partidas e não te causem trabalhos e desventuras! Mas aviso-te: que ninguém saiba o que este saco contém, e que ninguém o abra, se não nem tu calculas o que poderá acontecer!!!
Ulisses agradeceu-lhe imenso, chamou logo os marinheiros para com maior cuidado transportarem o saco cheio de ventos para o navio.
Os marinheiros estranharam o peso levíssimo do saco e perguntaram a Ulisses:
-O que é que vai aqui dentro?
Ulisses respondeu:
-Não vos posso dizer o que é, mas peço-vos o maior cuidado com ele, se não uma grande desgraça vos acontecerá!
Prosseguiram viagem. Mas a verdade é que todos ardiam de curiosidade.
Ulisses dormia sempre junto do saco. De dia, nunca se afastava dele. Que mistério seria aquele?
Era esta a pergunta que os marinheiros traziam nos lábios e no pensamento a todo o momento.
A curiosidade rebentava.
Um dia Ulisses estando a dormir, deixou escorregar a cabeça para fora do saco! Os marinheiros olharam uns para os outros radiantes, e exclamaram baixinho:
-É agora! Vamos espreitar um bocadinho! Abrimos só uma nesga e depois tornamos logo a fechar!
Não resistiram mais e...os ventos violentos, furiosos de se verem tanto tempo aprisionados dentro daquele saco, saltaram de lá cheios de raiva e força, revolveram os mares, agitaram as nuvens, rebentaram em trovões, espalharam a chuva, acenderam a terrivel tempestade e Ulisses acordou no meio da maior confusão de que jamais ouve memória!
Viu o saco aberto e vazio, os marinheiros atirados borda fora, gritanto, uns já nadando no mar, outros sem saber onde se agarrar, e compreendeu tudo. Abraçou-se a uma enorme viga e tanto ele como alguns dos seus companheiros se viram lançados novamente a terra, e com surpresa sua, de novo à terra da Eólia.
O rei Eolo furioso com a desobediência deles, não os quis receber, nem sequer ver.
O navio, com grandes estragos, era também atirado para as praias da Eólia. Eles arranjaram melhor que poderam e quando o temporal amainou fizeram-se de novo ao mar.
SSSSSSSSSSS SSSSSSS ASAS AASASSASA
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