segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ulisses e a Circe




Ulisses agradeceu.
Avistou um magnífico palácio, estava Circe à porta, sorrindo. Quando o viu apaixonou-se por ele, mas como ele era um simples mortal, estava disposta a transformá-lo num animal.
Convidou-o para comer. Ela no fim da refeição foi buscar o licor e lho deu a beber, Ulisses bebeu--o de um só trago, e como graças à erva da vida não se esqueceu nem do própio nome, nem da sua família, quando Circe lhe tocou com a sua varinha ele não se transformou em animal nenhum!
Circe caiu de joelhos:
-Quem és tu, resistes aos meus feitiços? Deus? Homem? Deus não és, se és homem, só podes ser Ulisses...
-Sou mesmo Ulisses, quero os meus companheiros que transformaste em porcos!
-Em porcos?!!-mentiu Circe.-Anda e vê se então reconheces os teus companheiros.
Levou Ulisses pela mão às pocilgas. Ulisses olhou para os animais com raiva de não conseguir descobrir os seus amigos...
-Vês? Não são os teus companheiros! Porque não ficas aqui e casas comigo?-perguntou-lhe ela.
-Não quero ficar e não posso casar contigo pois tenho minha mulher Penélope, na Ítaca.
Circe não o deixou partir. Um dia disse-lhe:
-Vejo-te triste. Vou deixar-te partir. Vou restituir-te os teus marinheiros, que são realmente aqueles porcos que tu viste na minha pocilga, e ainda outros: todos os animais das minhas florestas, que são outros tantos marinheiros que encantei com o meu poder. Sou tua amiga e não posso continuar a ver a tua tristeza. Segue o teu caminho para Ítaca. Só te peço uma coisa: dirige-te primeiro à ilha dos Infernos, fala com o Profeta Tirésias. Ele sabe tudo o que se está a passar na tua terra, olha que graves coisas se estão passando lá. Prometes-me isto?
Ulisses prometeu. Os marinheiros voltaram à forma de homens.
Despediram-se de Circe e fizeram-se ao mar.
Circe ainda lhes deu outro conselho:quando chegassem ao mar das sereias, deviam parar de remar, e tapar bem os ouvidos com cera. E que não se esquecessem de o fazer.
Todos prometeram cumprir o que ela lhes recomendava.
Lá vão eles novamente entre onda e onda, entre azul e verde e de contente coração
Como tinha prometido a Circe, Ulisses começou por se dirigir à Ilha dos Infernos.

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